18º Óleo - Se tu me amasses, onde o Céu e a Terra se tocam, na ponta do Mundo, onde todos os Sonhos se parecem tornar realidade…

Por vezes para exorcizarmos os nossos fantasmas, somos capazes de coisas fantásticas.

Outras vezes fazemos apenas coisas bem terrenas, apesar de nem todos terem a paciência para o fazer.

No meu caso, saiu-me este quadro, o número 18 a que chamei “Se tu me amasses, onde o Céu e a Terra se tocam, na ponta do Mundo, onde todos os Sonhos se parecem tornar realidade…” – nome grande, mas não poderia ter sido de outra forma.

É a prenda de anos de uma pessoa, é também a minha forma de me despedir pois por vezes a vida leva para longe de nós quem mais nos faz falta e não há retorno possível, por mais Fé que tenhamos.

Neste quadro tudo é simbólico, desde o local (que existe, apesar de ter sido distorcido e “surrealizado” ao sabor do pincel), às flores: tulipas, rosas, papoilas, rosmaninho, narcisos… e uma muito especial que não vou revelar, mas que é muito visível.

O homem de mãos nos bolsos, de costas, talvez tenha a resposta às reticências no nome do quadro; as flores, muitas delas, são corações – conseguem descobri-las?

Há também nomes escondidos na pintura e uma outra cara, mas muito surreal e difícil de descobrir.

O farol, já expliquei, as casa próximas, por todos precisarem de um guia, o verdete nas paredes, por nem sempre cuidarmos do melhor que podemos possuir – o amor dos outros.

O amarelo em muitas flores para simbolizar alegria, o branco para transmitir paz e o vermelho por o amor estar em toda a parte e, finalmente (pois não vou explicar mais); as pedras no caminho, pois com elas podemos um dia construir o nosso castelo… no entanto, não as devemos usar todas ou esqueceremos de deixar uma fresta aberta para que alguém importante possa entrar… e a pessoa irá embora e não voltará mais pois não fomos capazes de abdicar de umas pedras nem nos esforçámos para as tirar… e a Felicidade não bate duas vezes à porta de ninguém.

Como eu cada vez acredito com mais força: tudo acontece por um motivo! E mais não digo quanto a este assunto.


Para concluir: posso então dizer em dias de tempestade uns constroem muros, outros moinhos, outros, como eu, porém, constroem faróis para que possam guiar para toda a Eternidade as pessoas que mais amamos, ainda que as mesmas não estejam próximas de nós.

Apesar de também me terem passado pela mente canções de Chopin, Delfins e “big girls don’t cry da Fergie”, fiquem então com uma canção que se “aproximou” de mim quando estava prestes a terminar o quadro e, se calhar, mas só se calhar, também é um pouco disso que esta pintura mostra:

LOVE IS ALL AROUND

Adeus! Sê feliz, muito feliz!

I.L.Y.L.P.